domingo, 11 de novembro de 2012

Dia 315


Um comentário:

  1. An, minha flhota (DNA alternativo) o texto abaixo é para refletir:

    O SABER E A ANTIGA MÁQUINA DE COSTURA.
    Os estudos em história ensinam a formular perguntas e a trabalhar com fragmentos. A prática ensina que as respostas são muitas e que, decidir por uma delas, é um ato que não carrega consigo o equilíbrio entre a razão e a emoção.

    São as perguntas que nos move, a falta delas nos angustia porque convivemos com fragmentos e eles nos inquieta. Desejamos sempre pr...eencher o hiato, as lacunas, as fissuras que existe entre esses fragmentos. É a falta que nos move!

    O saber é o experimentar e a maquina de costura, o que é?

    A tradicional máquina de costura movida por pedal capaz de produzir um som ritmado pela destreza de quem o conduz.
    Ela simboliza o ato de unir, com agulha e linha. Na antiga máquina de costura, as mãos guiam a direção da costura e os pés ditam o ritmo da união. Se o ritmo for muito rápido a correia escapa, os pontos avançam sem rumo sobre o tecido ou para fora dele; se vagaroso, os pontos ficam frouxos e as linhas embaraçam.

    Com o tempo, o saber expande e se transforma, lacunas são preenchidas e novas fissuras se abrem, a experiência de unir com agulha e linha, reaparece transformada.
    Para o corte do tecido, a lembrança do desenho geométrico; para o alinhavo, as histórias infantis, para a costura, o treino as mãos que ainda se familiarizam com agulha e doem após algumas horas de percurso; para o arremate, dois nós, sem sobra de linha.
    A avaliação também se dá pelo avesso!

    Nessa cadência de levar agulha e linha do céu à terra e da terra ao céu apreende-se um pouco mais das coisas da vida. Neste momento já dá para seguir em linha reta, subir e descer na ponta do tecido, sem sair seus limites. Chegará o dia que será possível fazer curvas, ousar nas cores das linhas, inventar novas cores de unir, porem para isso não pare de fazer perguntas, de se preencher e se esvaziar, não deixe de coletar fragmentos e decifrar as sutilezas, não deixe de acreditar que o ato de educar-se, de formar-se ocorre ao longo da vida, pois o saber pode não ocupar espaço, porem exige tempo e persistência.

    Texto baseado no artigo SABER NÃO OCUPA ESPAÇO de Marta Raquel Colabone, historiadora, gerente de Estudos e Desenvolvimento e do Centro de Pesquisa e Formação do SESC.

    ResponderExcluir