Dia 213 - Chuvinha

Aprender a dirigir morando no deserto é não saber fazer o limpador de para-brisa funcionar. kkkkk Estava chovendo quando fui pro trabalho e eu quase perdi o sinal verde, tentando fazer o limpador funcionar na velocidade que eu queria.

Passei o dia todo esquisita, sei lá se é o tempo feio, mas eu estava me sentindo doente. Cheguei em casa e só queria dormir, o que fiz no colo do Sean enquanto ele assistia TV.

E para o jantar, já que ele queria tanto, fizemos peixe. Na verdade ele que criou a receita (sal, pimenta, cominho, azeite, shoyu, raspas de lima, sweet and sour mix - que é o que se usa pra fazer margaritas - e um tempero que ele disse que é mostarda, mas eu sei que a gente não tem isso aqui em casa, então vai ser esse o "ingrediente secreto")

E olha que ficou muito do bom. E depois de tudo isso, cookies n' milk!

Dia 212

Passei a manhã passando roupa e quando o Sean chegou em casa fomos comer alguma coisa (eu estava com vontade de comer o sanduíche de atum do Subway) e fazer umas coisinhas que o Sean tinha que fazer. No caminho pra casa, pedi pra ir até o Dairy Queen, porque eu queria o Orange Julius com yogurte e huuummmmm que gostosinho! Quando voltamos pra casa, ele ia ajudar o Brian a se mudar - de novo -  e eu aproveitei pra ligar pra casa e falar com meus pais. Quando os meninos voltaram o Brian se ofereceu pra comprar o jantar pra gente. Compramos comida chinesa e trouxemos pra casa, onde nós três comemos e conversamos e demos risada... Foi um jantar bem gostoso. E só na hora de dormir que eu vi que a Lari tinha ligado e me deixado um recado no celular. hunf. Já era tarde pra eu retornar a ligação.

Não Lari, não foi isso que aconteceu!

Dia 211 - Laaazyyy

Depois de tanta bagunça ontem, hoje a gente só queria relaxar. Ficamos em casa sem fazer nada o dia todo. Só a tardinha fomos até o mercado comprar cookies. É, deu vontade de comer chocolate chip cookies de novo. E foi o que tivemos para o jantar. Cookies and milk. :)

"Bocejo é contagioso" rsrsrs

Dia 210 - Pool Party

Não tinha nada pra fazer durante o almoço, resolvi vir até em casa trocar meu shorts por uma calça comprida porque o A/C estava a toda no escritório. Ai, ai... as vantagens de morar perto do trabalho...
Mais tarde, quando voltei pra casa, o Sean estava assando umas batatas pra gente levar pra casa da Jodi. Ela convidou a gente pra uma pool party hoje e eu estava super super duper excited... e com fome, e o cheiro daquelas batatas era delicioso! Coloquei meu biquini, peguei umas toalhas e lá fomos nós. A gente ainda tinha que parar pra comprar cerveja e acabamos chegando lá só as 4 da tarde. E foi ótimo. O marido da Jodi estava encarregado do Barbecue (não confunda com churrasco!), eles fizeram tequila e daiquiri jell-o shots, cada um levou um side dish, todo mundo comendo e conversando e de repente tava quase todo mundo na água, jogando volley na piscina. Eu entrei na água pra fazer uma média só, porque jogar mesmo - nada. Me diverti muito e fomos embora quase 9 da noite. E ficou pra minha lição que, pra entreter as pessoas, nada como simplicidade, naturalidade, e se divertir com elas. Não tem que ter um garçon passando com coquetéis, tem é que gostar das pessoas que estão com você.

Não era o caso hoje, mas a foto é boa. :)

Dia 209 - Perdida

E pra celebrar a liberdade de ir pra onde quiser, hoje eu resolvi ir até o Walmart ao lado do trabalho, no caminho pra casa. Pra chegar lá foi ok, até parecia que eu sabia onde eu estava indo. O problema foi tentar voltar... Lógico que eu me perdi! Um monte de entradas e saídas diferentes no estacionamento, eu escolhi a saída errada e rapidinho eu percebi que eu não sabia pra onde ir. O bom era saber que eu estava perto de casa - só tinha que continuar perto. Liguei pro Sean, pedindo ajuda, pra ter certeza que se eu continuasse no caminho que eu estava, eu ia mesmo me perder. Ele confirmou, eu pensei um pouquinho, e acabei conseguindo voltar pra onde eu conhecia. UFA! hehehe Pois é... próximo passo pra minha liberdade é comprar um GPS. Por que todo mundo sabe que eu sou mesmo uma perdida.

Pelo menos eu já sei o que fazer no caso de me perder assim...

Dia 208 - Vitória

Quando você teme alguma coisa e você supera seu medo, a sensação é de plenitude. Quando você teme uma coisa por 19 anos e de repente resolve ir em frente e ignorar todas as razões que te deram pra te fazer sentir incapaz de superar esse medo, a sensação é indescritível. Poucas pessoas acreditaram em mim (somente 3 pra ser mais exata) e a essas pessoas eu agradeço eternamente pois foram elas que me libertaram da prisão em que fui trancafiada 19 anos atrás. Enquanto alguns arrumavam desculpas pra me manter "encarcerada" e outros desistiram de tentar ajudar, minha irmã me ofereceu o carro dela todas as vezes que a gente se encontrou, assim sem medo, querendo me ver vencer (e era sempre com dor no coração e muita vergonha que eu sempre declinava da oferta). O Brian escolheu me deixar dirigir todo o caminho da minha casa até o trabalho, pegando a freeway pela primeira vez, tendo que dirigir em altas velocidades, mesmo que ele pudesse ter feito isso muito melhor que eu. E principalmente o Sean, que insistiu sempre, sempre e sempre: me emprestando o carro dele, me ajudando a comprar o meu e me jogando na estrada mesmo, sem desculpa, me forçando a dirigir. E por mais que tenha sido aterrorizante pra ele vendo eu cometer erros de iniciante, ainda assim ele conseguiu ser mais forte que o meu medo de fracassar, ou de provar pra mim mesma que eu era o fracasso que me disseram que eu era...
Hoje, no entanto, uma página se virou. Ainda que eu não tivesse me aperfeiçoado na baliza, ainda que eu estivesse acostumada a dirigir sozinha só 2 milhas por dia, ainda que eu continuasse pedindo conselhos pro Sean enquanto na rua, resolvi fazer a prova assim mesmo, com a cara e com a coragem. Dessa vez eu tinha mais confiança em mim e mesmo que eu não conseguisse passar, não seria novidade, eu não tirei minha carteira na primeira tentativa no Brasil. Eu já tinha reprovado antes e quer saber o que mais? Não conseguiu na primeira, tenta de novo, e de novo e de novo, quantas vezes forem necessárias. O certo é que se eu não tentasse nunca, aí que eu não ia passar mesmo.
E lá fomos nós, o Sean e eu e a Cutie Petutie - uma família inteira na expectativa.
A primeira coisa que eu disse pro agente é que eu estava nervosa já pra dar o tom do teste. E ele foi super nice, falando suave e devagar, com a maior paciência. A primeira recomendação dele foi pra eu relaxar porque o teste não ia ser difícil. E não foi mesmo! Dirigi um montão, pra direita, pra esquerda, pra lá e pra cá... e o tempo todo batendo papo com ele e ele sempre dizendo que eu estava indo bem. Sem contar que ele nunca tinha andado num Fiat 500 e estava curioso pra saber como era. (hihihi) E a experiência deve ter sido boa, porque ele me passou com 89% de aproveitamento. Na primeira. Assim, sem reprovar.
E o Sean agora está todo orgulhoso de mim porque eu finalmente consegui vencer aquilo me empatou, me entristeceu e principalmente me envergonhou durante metade da minha vida. E eu falei pra ele que essa vitória não é só minha não: tivesse ele desistido como todo o resto, eu não ia ter um motivo pra comemorar hoje.

Pode vir, Seu Guarda, que agora eu tenho uma carteira de motorista pra te mostrar!

Dia 207

Enquanto o Sean estava na casa do Brenden resolvendo os negócios deles, eu fiquei em casa e marquei meu teste de direção pra amanhã. Não contei nada pra ninguém, não quero zicar... Sei que devia praticar mais a baliza, mas a Daniela me disse que quando ela fez o teste, ela fez tudo errado na baliza e passou mesmo assim, porque todo o resto ela fez certinho então eu pensei... porque não comigo, certo? E depois, se eu não passar dessa vez, é só pagar $10 e fazer o teste de novo.

E o Sean voltou pra casa dizendo que a Maggie disse que é pra gente não sumir e ir lá de vez em quando. Hã-hã. Mas é claro, meu bem. Pode me esperar.

Dia 206

O Sean estava vendendo um amplificador e hoje uns meninos vieram aqui pra testar, ver se eles iam querer comprar ou não. E eles trouxeram a guitarra e um alto-falante e ficaram tocando na sala daqui de casa por uns bons 15 minutos. Era barulhento, eu sei, mas não liguei muito, já que meus vizinhos de cima são bem barulhentinhos. Achei que talvez fosse bom pra eles, saber como é ser incomodado de vez em quando. hehe Me fez lembrar dessa fotinho:

Dia 205

Today was the same day as any other day...

Dia 204

Acordamos cedinho e decidimos sair pra tomar café. Que tal um brunch? Ótimo, ainda mais se for no cassino aqui na frente de casa... Foi só atravessar a rua e estávamos lá (eu disse que é na frente de casa, não estava exagerando). Melhor ainda, Sunday Brunch inclui champanhe ou mimosas (champanhe com suco de laranja)! O Sean não levou o telefone dele, então passamos bem umas horas lá, comendo, bebendo e conversando. Foi difícil voltar pra casa, porque eu tinha comido demaaaais, mas ainda bem que a gente foi a pé pois uma caminhadinha foi muito bem-vinda. Ainda mais porque ao chegar em casa, me joguei no sofá e não levantei por quase 3 horas. Sim, 2 e meia delas dormindo. O Sean ficou bobo, ele nunca me viu tirar uma soneca tão longa. Eu diria que foi tudo culpa da comida! E das mimosas, claro.
Depois que eu acordei ainda ficamos um tempão tentando pensar em algo pra fazer até que eu sugeri irmos a uma loja de móveis pra procurar um móvel pra TV. E eu dirigi até a loja a toa, porque estava fechada. O céu estava escuro, uma chuva forte estava prometendo, e eu quis voltar pra casa.
No finalzinho do dia abrimos uma cerveja, fiz um petisquinho que nem os da minha mãe nas noites de "birinights" e assistimos um filminho no Netflix.
Diazinho preguiçoso, como todo bom domingo deveria ser.

Dia 203

Cheguei do trabalho, o Sean tinha limpado a casa. O carpete limpinho, os banheiros perfeitinhos e brilhantes... fiquei impressionada. Elogiei um monte de vezes, quero que ele saiba que eu aprecio o esforço dele, ainda mais quando é assim, tão bem aplicado.
E num determinado momento, sei lá do que é que a gente estava falando, ele me sai com essa: "I love you, I love you to death and you know it" E  eu OH! eu acho que nunca o ouvi falar assim... Foi o suficiente pra me deixar boazinha para o resto do dia. Ele saiu pra comprar um violão e eu fiquei em casa pra ver um filminho. Depois disso, ele estava com fome e vontade de comer comida chinesa, então fomos ao restaurante aqui perto de casa. Eu fui só pra acompanhar, porque não estava com fome nenhuma, mas ele pediu um prato feito com aquele macarrão chatinho que eu adoro e eu não pude resistir a umas garfadas.

E quando a gente voltou pra casa, ele tinha colocado na cabeça que queria fazer uma caipirinha. Assistiu vários vídeos no YouTube pra fazer como os profissionais e foi lá tentar a sorte. E voilà: ficou exatamente como todas as outras que eu fiz. hehehe

Dia 202

A melhor parte da minha semana foi falar com a Larissa. Ela tinha me mandado uma mensagem de bom dia, e eu resolvi testar o hands free to meu carro no caminho de volta para casa... E esse testezinho durou quase uma hora e meia. Aí o Sean me perguntou como ela está, o que ela anda fazendo e eu, como sempre, não tinha muito o que responder: a gente simplesmente não fala sobre essas trivialidades!
Depois disso fomos até o mercado porque hoje, finalmente, eu ia conseguir fazer as tais "pizza pockets" que eu tanto queria. Como o Sean preferia uma pizza normal e ficava tentando me desviar da minha intenção pra completar a dele, eu sugeri que ele fizesse uma pizza pra ele enquanto eu fazia os pockets pra mim. E assim foi. E enquanto eu trabalhava na minha refeição, eu ouvi uma das coisas mais adoráveis dele: "eu não sei como é que aquele carro foi ter esse nome, mas você é que é a Cutie Petutie. Porque você é tão bonitinha, você fala pra sua comida 'vai ficar tudo bem'... e enquanto você está dirigindo, se eu estou quieto do seu lado, você começa a falar ou então a cantar..."
Ooowwwmmmm achei lindo.
E ele comeu metade da pizza dele, enquanto eu comi metade dos meus... calzones? Bolinhos? Sei lá o que eram eles: ficaram redondinhos, parecendo uma bomba cada um. E eles ficaram gostosos, não tanto como eu imaginei, mas quebrou um galho. Comi o de milho com cebolas e o de tomate com cogumelos. Amanhã vou levar pro trabalho os outros dois: espinafre com ricota e tomate com cebola.

Dia 201

Eu queria fazer pizza pockets para o jantar, mas o Sean não estava nem um pouco entusiasmado com a idéia. Tínhamos que ir ao mercado pra comprar umas últimas coisinhas mas em vez disso, ele saiu pra comprar uma bicicleta. E demorou tanto pra voltar pra casa que eu desisti de cozinhar. E lá fomso nós comer cachorro quente.

Dia 200

E o que é que eu fiz no dia 200? Tomei uma caipirinha depois do trabalho pra comemorar (hihihi) e também assisti Sliding Doors, filme velhinho com a Gwyneth Paltrow... Nada demais.

Ah sim... tentei atualizar meu anti-virus no trabalho e, ao reiniciar o computador, ele resolveu dar pau. Me senti péssima, achando que eu tinha estragado alguma coisa, mas aí a Rachel veio me dizer que o mesmo tinha acontecido com alguém no escritório de San Francisco e que possivelmente o update não foi o problema, mas alguma coisa na rede complicando os perfis do pessoal. UFA! Levaram-se duas horas pra montar meu perfil de novo, mas mesmo assim não consegui usarmeu computador, que está dado problema além do tal do perfil. Por um tempo vou ter que usar o computador da Rachel...

Dia 199

Levei o Sean ao banco depois do trabalho e de lá fomos ao mercado comprar coisas pra fazer o jantar. Fiz aquele frango com mel e vinagre balsâmico de novo e taí um jeito que eu não me importo de comer frango... Mas a parte legal mesmo é que eu estou orgulhosa de mim atrás do volante.

Dia 198 - Red Lobster

Depois de uma noite muito mal dormida, tive a chance de ficar na cama até 7h30, o que fez eu me sentir a pessoa mais preguiçosa do mundo. O que é de meu direito, já que hoje é como domingo pra mim. Assisti TV até as 9h e lembrei daquelas masrquinhas no carpete. Fui lá limpar. Quando peguei a caixinha dos produtos de limpeza, me lembrei de esfregar a área do chuveiro e deixei tudo brilhando lá. Aí peguei o aspirador pra terminar de limpar o carpete e - porque não? - passei o aspirador na casa toda. E já que tinha aspirado, deixa eu passar pano no chão. hehehe e assim foi até as 11 da manhã, quando eu resolvi dar uma garibada em mim mesma, até que enfim. E fiz um spa de beleza com direito a ficar de molho na banheira (recém limpinha) por uns 30 minutos. :)
E quando eu estava pintando as unhas, o marido chegou. Esperamos uma pessoa que estava vindo aqui pra comprar a poltrona reclinável que não cabe na nossa sala e saímos pra comer alguma coisa - entre outras coisas que o Sean tinha que fazer. E lá fomos nós, experimentar Red Lobster. Fazia tempo que eu queria ir nesse restaurante e como eles estavam com a promoção de 15 dólares por 4 course meal (sopa, salada, prato principal e sobremesa), não foi difícil convencer o Sean a me levar lá. Eu não comi lagosta (nenhum prato da promoção tinha lagosta), mas tudo o que provei era muito gostoso: sopa cremosa de batata com bacon, salada caesar, tilápia grelhada com brocolis e purê de batata e de sobremesa, brownie com gotas de chocolate e sorvete. Era - claro - tanta comida, que eu tive que trazer parte pra casa. O que não é um mau negócio, já que vou poder servir na janta de amanhã.

Dia 197

Preparei uma listinha de coisas pra fazer hoje e, enquanto eu pesquisava onde é que eu ia encontrar tudo o que eu precisava, o Sean ia listando as coisas dele na internet. Por volta de meio dia estávamos prontos pra sair e lá fomos nós. O legal foi perceber que tem um monte de coisas legais pra explorar aqui na área e é só eu tirar minha carta e tomar coragem pra explorar sozinha, já avisei o Sean, vai ser difícil ele me achar em casa. hihihi
Voltamos pra casa por volta das 15h e logo em seguida saímos pra comer no El Pollo Loco, porque eu estava com vontade de tomar daquele smoothie de manga com abacaxi, sem contar que eles realmente tem um peito de frango que é uma delícia, eu não sei como eles fazem, mas é saboroso em cada pedaço. E eu olhei o mapa antes de sair de casa, é super fácil chegar lá... e fui dirigindo e cantando, sem nem precisar da ajuda do Sean. Voltamos pra casa numa boa e deve ter sido por isso que fomos atingidos por uma chuva hoje a noite que eu jamais imaginei enfrentar aqui: ventania, água que não dava pra ver 10 metros a frente e até GRANIZO!!!

Do FB de uma das meninas do trabalho. Olha a delicadeza das pedrinhas.

Aconteceu de madrugada, mas foi tão barulhento que acordei e demorou pra eu voltar a dormir... Não quero nem ver o que vai acontecer quando eu tirar minha carta! hihihi

Dia 196

Cheguei em casa contente e dirigindo, procurando uma vaga pro meu carrinho, quando dou de cara com o Sean no estacionamento. Achei que ele estivesse me esperando, por algum motivo, mas ele estava mesmo é vendo o Brian experimentar a bicicleta que ele quer vender. Quando eu percebi que a visita ia se estender um pouco mais do que eu esperava, comecei a me divertir com ele. Fomos ao mercado comprar coisas pra fazer guacamole e caipirinha e encontramos a edição especial do chocolate Crunch: Girl Scout Cookies. Como eu não cresci aqui, eu não conheço esses cookies, só sei que são famosos. E morri de rir quando o Brian estava tentando lembrar o nome de um dos cookies, que é coberto com côco ralado (coconut) e que por algum motivo, o nome lembrava vulcão (volcano, em inglês). E com o brainstorming rolando, ele veio com o nome "Cocano". Rolei no chão, imaginando as menininhas escoteiras, vendendo cookies com nome que lembra cocaína.  A piada é politicamente incorreta, mas é isso o que a faz engraçada. E na hora que ele foi embora, eu quase o convidei pra voltar aqui amanhã.

Dia 195

Disseram que ia chover aqui hoje, e realmente aconteceu. Durante o dia foi só aquela "cuspidinha" básica, mas por volta das 20h caiu uma água daquelas usuais pega-peão dos verões paulistanos. Pelo menos tivemos a decência de ter essa chuva quando todo mundo já está, teoricamente, em casa.
E estão dizendo que vai chover amanhã de novo. Se a chuva cair desse mesmo jeito, só esse ano, esse vai ser o 3° dia de chuva. Impressionante, porque desde que vim pra cá em abril de 2010, eu só vi chuva assim um dia. E com esses pensamentos e o barulhinho da água caindo lá fora, fui cedo pra cama porque amanhã é dia de acordar cedo e ir trabalhar.

Dia 194

Cansamos de esperar que a gerência do apartamento nos desse a segunda cópia da nossa chave e fomos fazer uma, nós mesmos. Aí eu - claro - resolvi ter uma chave bem bonitinha e olha só:

Esses pontinhos que parecem pretos, são glitter! hihihi

Assim que voltamos pra casa, fizemos batata assada. O Sean preparou a salada e, já que a gente estava com tanta fome, comemos enquanto esperávamos a batata ficar pronta.
Mas a melhor coisa de hoje foi ter ido pra cama bem cedinho. O sol tem se posto bem tarde aqui, e é uma sensação muito engraçada tomar banho e vestir o pijama com o sol ainda brilhando lá fora.

E depois dessa foto fui me sentar com o Sean, pra detonarmos o sorvete que a gente comprou hoje.



Dia 193

Deixei uma mensagem no FB dizendo que sinto falta dos meus pais e recebi vários comentários. Algumas pessoas acahndo que eu estava triste, algumas entendendo que era só a saudade falando alto.
E aí, pra minha mãe não ficar preocupada (e também porque eu tava doida pra ver a carinha feliz dela) liguei pra casa, pedindo pra ela conectar no Skype. E olha só que legal, a tia Tela tava lá também, e adorei fazer as duas rirem juntas das minhas palhaçadas. Mostrei a casa nova, meu pai apareceu, falamos mais um pouquinho e era hora de ir jantar. Eu também estava com fome aqui, além de estar morrendo de vontade de atacar a salada de macarrão com atum que eu tinha feito!

Mã?

hihihi

Dia 192

Hoje foi difícil me manter acordada no trabalho: estava super cansada, nem parecia que eu tinha tido um final de semana.
E assim que cheguei em casa, ainda nada de descanso: depois de tanta comilança ontem, hoje foi dia de salada aqui, e lá fui eu pa cozinha, pela primeira vez nessa casa.

Dia 191 - Fogo de Chão

Hoje me atacou uma Dona Aurélia e mudei a nossa cama de lugar, instalei o XBox, pendurei o quadro na parede e desmontei as caixas da mudança. Ufa! Eu que tinha a intenção de pintar as unhas e tal... tive que deixar pra depois porque essa guerra me consumiu a manhã inteira! Acabei por volta do meio dia e fui me arrumar porque hoje era dia de...

Fomos comemorar o ape novo e o emprego do Sean. E foi uma ótima escolha, porque tudo estava especialmente delicioso. Pão de queijo quentinho, o Sean experimentou polenta frita e gostou, o filet mignon deles estava desmanchando a ponto de ser possível cortar usando uma colher. Como eu não tinha colher, virei a faca com a serra pra cima, deitei o garfo em cima da carne e ela se separou assim, sem dificuldade. Hoje então foi dia de filet, muito mais do que picanha. E de repente o Sean resolveu que queria experimentar a tão falada caipirinha de cachaça. E aí que uma só foi pouco porque ele ficou apaixonado. E eu fiquei surpresa quando perguntei pro garçon qual era a cachaça usada e ele me falou que era... adivinha? Velho Barreiro. Eu não acreditei, porque afinal de contas a danada estava boa mesmo, e eu nem gosto de pinga. Ele me jurou de pés juntos que era isso mesmo, e o segredo é que eles jogam um splash de Sprite.
E olha que bonitinho: o Sean estava agradecendo os meninos em português o tempo todo : )
Quando veio a conta, eu tinha acertado em cheio o preço (exorbitante) da caipirinha : US$12.50 e também acertei na "previsão" de que é mais barato comer no Fogo de Chão daqui, em dólares, do que no da Santo Amaro - tanto faz se você converter pra dólares ou não. Aqui o rodízio do almoço é +/- 26 USD, enquanto em Sampa, gira em torno de R$ 90 por pessoa. Taí uma vantagem de morar em Las Vegas: ter a melhor churrascaria de São Paulo, pela metade do preço.

Dia 190 - Baliza

Fomos devolver as chaves no Amalfi hoje. Deu uma tristezinha ir embora, porque apesar de o apartamento novo ser mais bonitinho, a administração aqui é zuada (a gente AINDA não tem uma cópia da chave de casa, por exemplo) e, apesar de ter maior metragem que o Amalfi, a configuração é bagunçada a ponto de parecer menor, na verdade. A sala é menor, o escritório é menor, a cozinha é espaçosa e tem um monte de gabinetes, os quartos são maiores e o banheiro de visita é enorme, enquanto o da suíte é espremidinho... A parte boa é que vai me ajudar a focar em comprar uma casa pra gente, do jeito que a gente quiser. :-) E quando fomos devolver as chaves, o que era pra ser só uma passadinha rápida, acabou sendo um bate-papo de hora e tanto com a Jodi. E pra quem acha que os americanos são frios... Na hora de ir embora ela veio nos dar um abraço, disse que éramos os moradores favoritos dela (hihihi).
De lá fomos lavar meu carro, voltamos pra casa, fomos comer alguma coisa no cassino, voltamos pra casa, finalmente fui até o DMV praticar baliza (acho que estou começando a entender o que é isso, e pode ser que eu aprenda logo como se faz), passamos no mercado pra comprar comida porque, desde que a gente se mudou pra cá, não comemos em casa nem um só dia. E aí, finalmente, desempacotamos a TV e eu tirei uma soneca no colo do Sean. Isso porque eu tinha planejado não fazer nada no final de semana!

Dia 189 - Luta do UFC

Pois é, meus planos pro final de semana eram ficar em casa e descansar, porque foi difícil ficar acordada em cada um dos dias dessa semana que passou, mas... O Sean tinha planos diferentes e lá fomos nós dois + o Brian, pra casa do Mag. Era dia de luta do UFC, tinha pizza e hamburguer, cerveja e vinho, e todo mundo lá. Me diverti bastante, de ti-ti-ti e brincadeirinhas bestas com a Esme. O Max estava lá também, o neném dele vai nascer no final de agosto... E também um casal com uma neném novinha, uma gracinha, super boazinha e sorridente. Não resisti e tive que pegá-la no colo...
E aí teve a luta do Anderson Silva cuja vitória me pareceu a coisa mais falsa do mundo. Ninguém na casa acreditou que do nada acabou por TKO. Claro que eu queria o Sonnen desmaiado, mas ver o falastrão tendo que baixar a cabeça valeu a pena. Sem contar que eu pude esbanjar meu português (hehehe) traduzindo pra todo mundo as coisas que não estavam sendo traduzidas.
E fomos embora logo depois disso porque o Brian tinha que dormir cedo pra ir trabalhar no dia seguinte.
Ah, sim! Aparentemente o Brian e eu estamos nas boas de novo, porque demos várias risadas juntos hoje. Eu sempre disse que gosto dele e é verdade. Mas gosto assim: ele na casa dele, e eu na minha.

Dia 188

Não é nada, não... É só um preguiça danada de escrever... E já que preguiça é o tema do dia, aí vão os meus planos para o final de semana:

Dia 187

PS: Não sobrou barata nenhuma pra contar a história.

Dia 186 - 4 de julho

Hoje é 4 de Julho, dia da independência aqui nos EUA. Todo mundo comemora, é um feriado super importante, fogos, churrasco, cerveja, calor...
E aqui em Las Vegas, onde o sol brilha bem uns 340 dias por ano, justo hoje amanheceu nublado e até choveu. Alguém aí tem alguma idéia de porque isso aconteceu? Pois bem, vou ter que assumir a culpa... Hoje choveu porque EU FUI DIRIGINDO S-O-Z-I-N-H-A pro trabalho!!!!!!!!

Tudo bem que estou morando a apenas 1.5 milhas do trabalho, mas também, se a distância fosse muito grande eu ia acabar afundando toda a cidade. kkkkkkkkkkkk
Fora o fato de não poder ficar dando bandeira, já que ainda não fiz o teste pra pegar a carteira. E isso é o que me deixa mais nervosa. Mais nervosa até do que voltar dirigindo na chuva.

Quando cheguei em casa o Brian estava aqui. Claro que um dia isso ia acontecer, mas tem que ser assim, sem me avisar, nem nada? E o medo de ele ficar indefinidamente? Mas depois de jantarmos no Outback, o Sean deixou ele em casa, para meu alívio. hehehe

E aí fui olhar meu Facebook e tem fotos da minha mãe com minhas tias e eu fiquei com uma vontade enorme de estar lá no meio delas, só escutando as fofoquinhas; com abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim. Que saudade, que saudade...

Dia 185

Fui com o Sean pro trabalho porque eu não sabia o caminho pra poder ir sozinha. E foi até bom ter que levantar cedo com ele, porque pudemos notar a necessidade de um inseticida, pra acabar com as baratas que tem aqui. Fiquei pasma com o tanto de monstrinhas que encontramos: só embaixo do sofá tinham 4. Eu que não queria ficar sozinha aqui com elas!

Mesmo tendo dormido no carro, ainda estava super exausta, mal conseguia manter os olhos abertos no trabalho.

Mas o engraçado foi que, foi só sair do escritório e as energias meio que se recarregaram! hehe Fomos até em casa buscar mais umas coisinhas que estavam lá, passamos no mercado pra comprar venenos poderosos e uma cortina pro chuveiro... E ao voltarmos pra casa, eu só queria borrifar aquele spray ao redor da casa toda, em todas as portas, pra manter aqueles pesadelos longe de mim. Também compramos armadilhas que espalhamos pela casa toda - quero só ver se vai ter alguma pra contar a história!

dia 184

Acordamos as 3 da manhã e o Sean me deixou no apê novo enquanto ele foi pro trabalho. Fui dormir um pouco antes de começar a arrumação e dei de cara com uma barata no banheiro. Minha sorte - e azar dela - é que havia uma caixa cheia de coisas, que eu usei como armadilha. Entre horrorizada e decepcionada, consegui dormir mais uma hora e meia e, enquanto colocava as coisas no lugar, não parava de pensar que no Amalfi, apesar de morar no térreo também, eu jamais cruzei com nenhum desses nojinhos. Fiquei tentando imaginar de onde ela teria vindo e se seria só um caso isolado. Passou o dia todo e não vi nem sinal de mais nada, então meio que me acalmei. Quando o Sean chegou em casa, em vez de ajudar com a bagunça, ele veio dizer que estava só esperando o Brenden e a Maggie passarem aqui (porque eles precisavam de ajuda pra basear uma mentira que eles inventaram) pra ele poder ir entregar a bicicleta que ele vendeu, numa viagem que ia levar umas 2 horas. Claaaro que eu surtei: primeiro aqueles 2 aqui, e depois ele sai e me deixa cuidando de tudo?
Quando eles chegaram aqui, com aquela atitude superiora deles e de narizinho todo empinado, a única coisa que eu disse foi "vocês se importam de não pisarem com sapato no carpete?" Ou seja, eu não quero sua sujeira na minha casa. E a verdade é que quero manter o carpete limpo o máximo de tempo que eu puder, então eu e o Sean andamos descalços o tempo todo aqui. E eles precisam mesmo baixar a bolinha deles porque eles bateram na porta e vieram entrando, sem dizer nada, nem me cumprimentar. E não que eu more na casa mais linda do mundo, mas quando você entra na casa de alguém, ainda mais sendo a primeira vez, eu acho que é educado fazer um comentário positivo. Eles não fazem e não sei se é por inveja, ou se é porque eles não gostam de nada mesmo. Eu sei é que eu não gosto nem um pouco deles por perto.

E quando finalmente eles conseguiram que o Sean confirmasse a mentira que eles contaram pra sei lá eu quem, o Sean comentou rindo que, provavelmente eu jamais tivesse visto algo assim na vida. Eu disse que sim, já tinha visto afinal, eu vim de um país onde os políticos são todos assim, trambiqueiros. E essa foi a deixa pra eles irem embora.

E aí eu fui com o Sean entregar a bicicleta, porque eu que não queria ficar com a bagunça toda nas minhas mãos... então resolvi falar com a Larissa, que andava bem sumida. E conversamos por uma hora inteira, digo, a matraquinha da minha irmã não parou de falar por uma hora inteira. Que delícia escutar a voz dela, saber de todas as novidades e constatar a cada dia que ela é sempre uma pessoa melhor e melhor.

Na volta decidimos ir até o Amalfi buscar mais umas coisas e foi pura sorte: quando chegamos lá a luz já estava cortada e com um monte de comida no freezer e na geladeira! Por mais uma sorte, tinha um cooler que a gente ainda não tinha levado embora, então coloquei todo o gelo que ainda estava no freezer, juntei com a comida que estava congelada e coloquei as coisas refrigeradas por cima. Ou então teríamos perdido tudo...

Voltar pra casa, tomar banho e, um momento antes de ir pra cama, vi mais uma barata. Mostrei pro Sean e ele concordou comigo que precisamos fazer alguma coisa. Amanhã a gente vai se preparar pra uma guerra contra elas.

Vai ser bem mais dura do que essa, claro.

Dia 183 - Afe, como cansa!

Pensa numa pessoa exausta. Agora multiplica pro 10. Pensou? Pois então: ainda não sou eu. Eu estou o dobro disso. Toda cheia de roxos e arranhões, com os dedos das mãos sensíveis como se tivesse mexido com fogo o dia todo... Parei agora, 13 horas depois. O dia começou as 6h30, fomos tomar um café da manhã reforçado no IHOP pra voltar pra casa e começar a carregar meu carrinho com roupas e outras coisinhas, porque a gente tinha que sair daqui as 8h30. A melhor parte é que pra poder levar os dois carros pra casa nova, eu tive que ir seguindo o Sean no caminhão. Sim... dirigi daqui até a casa nova sozinha!!!! Cheguei lá tremendo de nervoso, afinal eu ainda não posso dirigir sozinha e estava morrendo de medo de um policial me parar, mas não ter ninguém gritando e me enchendo o saco durante meia hora foi sensacional!!!!! E no final do dia o Sean disse que eu tinha ido bem, exceto por ter ido um pouco devagar. Bom, pra quem não quer ser pega pela polícia, acho que dirigir na velocidade permitida não é uma má idéia.
Ok, terminamos de descarregar o caminhão, descarreguei meu carro e comecei a colocar as coisas no lugar. Arruma banheiro, arruma closet, fui perguntar uma coisa pro Sean e cadê ele? Dormindo no sofá. Ah, mas eu mereço mesmo. Grrrrr! Ele está cansado? E daí? Por acaso eu não estou? Não tive que carregar peso do mesmo jeito desde ontem, carregando caminhão, empacotando coisas e tudo o mais? Não deixei passar, fui lá perguntar pra ele se não era uma boa idéia ele dar um jeito nas traqueiras que ele carrega de uma casa pra outra, em vez de ficar dormindo. Enquanto isso continuei colocando a cozinha em ordem. Ficamos lá até as 14h pra poder devolver o caminhão na hora. Deixamos o caminhão na loja da U-Haul e voltei andando pra casa, enquanto ele ia de bicicleta. É, ele comprou uma outro dia e hoje aproveitou que estava com um caminhão e foi buscá-la. Cheguei em casa, ele estava tomando banho e enquanto eu esperava, resolvi encaixotar outras coisas que estava soltas por aqui. Tomei banho assim que ele terminou e fomos comer alguma coisa. Voltamos pra casa e, enquanto ele tirava mais um cochilo, eu continuei encaixotando as coisas. Eu disse pra ele ontem que isso não é legal: se ele percebe que alguém pode fazer alguma coisa por ele, ele simplesmente se encosta e se deixa carregar. Então eu o acordei pra que ele fosse carregar o carro dele pra amanhã, porque a gente ainda tem mudança pra fazer. Ufa!