domingo, 12 de agosto de 2012

Dia 225 - Dia dos Pais

Eu poderia passar horas aqui, falando do quanto meu pai fez parte da minha vida. Poderia escrever sobre as minhas memórias da gente empinando pipa no parque, dele "nadando" na fumaça do carro antes de ir pro trabalho só pra me fazer rir, me cutucando no banco de trás do carro enquanto minha mãe dirigia pra me irritar. Podia falar da risada deliciosa que ele tem e do quanto meu coração se incha cada vez que eu provoco essa reação nele. Podia falar do ser humano exemplar que ele é, do quanto ele quer melhorar e do quanto ele quer fazer do mundo um lugar melhor. Eu poderia passar dias falando de como ele se sente, de como nós dois somos muito um só - porque nossas semelhanças vão muito além do somente colocar um bigode em mim, como um colega de trabalho disse pra gente uma vez. Eu podia me exibir pra todos vocês explicando como eu me orgulho de ser quem eu sou exatamente por ser igualzinha a ele, o que nos rendeu o apelido de DNAs alternativos. Eu poderia abrir meu coração e dizer que levei anos pra entender que minha cisma com ele se devia exatamente ao fato de eu me reconhecer tanto nele - mas isso é caso pra Psicologia e demora um tempo pra explicar a relação de amor/ódio (se bem que ódio não é o caso aqui) que esse reconhecimento gera. Ou poderia dizer o quanto eu fico feliz de ver a carinha dele quando eu ligo pra casa pra falar com minha mãe. Que eu sempre fico esperando ele aparecer e fazer aquelas palhaçadas dele, as mesmas que ele fazia quando eu tinha 4 anos de idade, ou simplesmente ouvir a voz dele, ver aquele sorriso se abrir, enorme, como se eu fosse responsável pela alegria dele. Eu poderia passar muito tempo enumerando as qualidades - e os defeitos - do meu pai porque, como eu já disse, nós somos mesmo a mesma pessoa. E eu não sei se isso ameniza minha saudade dele, ou se me aumenta a vontade de estar por perto... Eu poderia passar minha vida inteira cantando "Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo, e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo..." se isso me garantisse que ele ia ficar pra sempre comigo.
Eu poderia escrever um livro sobre ele, mas hoje, a única coisa que eu quero dizer, é que eu amo você, pai - e amo muito. Feliz dia dos pais, meu lindo.
Beijos,
seu DNA alternativo.




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PS: Pro Ju que é quase papai, com a Allegra "batendo na porta", um feliz dia dos pais também. Todo mundo sabe que você vai tirar essa tarefa de letra porque você tem todas as qualidades necessárias e ainda por cima vem treinando com o Humberto e, pelo que ouvi, com muito sucesso. Parabéns!

4 comentários:

  1. Meu Deus, que coisa mais linda An!!!!!Lógico que chorei,emocionante e muito verdadeiro, vc realmente é o motivo do sorrisão dele qdo me liga pelo skype, ele adora te ver e ouvir sua risada, vcs são muito parecidos mesmo...Amo muito vcs, bjs, bjs, bjs

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  2. owmmmm que irmazinha mais poeta, muito lindo An :)

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  3. Linda, linda, linda! beijo, beijo, beijo!

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  4. De quantas coisas minha primogenita lembra! Eu ainda lembro quando, com 23 anos, a vi pela primeira vez! Pois é, eu ainda iria, dia dia, aprender a ser pai e acomapanhar o crescimento do bebezinho mais lindo do mundo! Quanta coisa aprendemos juntos e eu aprendi muito querendo ensinar você! Ainda sinto um grande aperto no coração vê-la longe, mas sei, tenho certeza que você está vencendo sempre os desafios que aparecem e não se deixa abater. (Isso que é DNA alternativo!)
    Vá em frente minha filha, pois teu sucesso é meu suceso também.
    Beijos do paizão.

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